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Calote, carretas paradas e publicidade milionária: senador expõe problemas nos Correios

Data:
Jean Mendes

Relatórios financeiros apontam que os Correios apresentaram rombo de pouco menos de R$ 3 bi em 2024

Calote, carretas paradas e publicidade milionária: senador expõe problemas nos Correios
Redes sociais

"Sua entrega não vai chegar". É com essa frase que o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) resume o que, segundo ele, está acontecendo na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. De acordo com o parlamentar, a estatal está dando calote em fornecedores.

Na segunda-feira (12), o senador mostrou, por meio de um vídeo postado nas redes sociais, um pátio com dezenas de carretas da empresa, estacionadas. Cleitinho Azevedo garante que os veículos estão sem uso exatamente pela falta de pagamentos.

"Isso está acontecendo no Brasil inteiro. Sabe o motivo? Os Correios não estão pagando. Dando ‘cano’ nos fornecedores. Aqui, só nesse pátio, tem 100 carretas paradas. A sua entrega não vai chegar. Não tem previsão para chegar. Minha função é fiscalizar. Vocês estão ferrando com o povo", sustenta.

Para piorar a situação, ainda segundo o senador, a estatal lançou uma licitação para publicidade. A previsão é que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos gaste cerca de R$ 500 milhões somente para mostrar as ações positivas. O parlamentar ironiza a situação, ainda no vídeo.

"Não tem dinheiro para pagar os fornecedores. Sabe o que estão fazendo? Abrindo uma licitação de meio bilhão de reais com publicidade. Quer dizer, não tem dinheiro para pagar os fornecedores, mas tem para publicidade. Olha isso, que beleza", pontua.

"Os Correios estão quebrados [...] Estou encaminhando o TCU [Tribunal de Contas da União] para notificar os Correios. Sua mercadoria não chegou, e não vai chegar. Estou encaminhando para o STF para dar 24 horas para pagar os fornecedores. Vocês não vão gastar quase meio bilhão de reais com publicidade", finaliza.

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Relatórios financeiros postados no Diário Oficial da União na semana passada apontam que os Correios apresentaram rombo de pouco menos de R$ 3 bilhões, em 2024.

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