O ex-presidente Jair Bolsonaro usou as redes sociais nesta quarta-feira (19) para rebater a denúncia apresentada contra ele e outras 33 pessoas pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo a acusação, Bolsonaro seria o líder de uma organização criminosa que teria arquitetado uma tentativa de golpe de Estado no Brasil.
Na publicação, Bolsonaro classificou as acusações como "vagas" e "fabricadas" e sugeriu que há uma perseguição política em curso. "O mundo está atento ao que se passa no Brasil", escreveu o ex-presidente, comparando sua situação à de opositores perseguidos em regimes autoritários.
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"O truque de acusar líderes da oposição democrática de tramar golpes não é algo novo: todo regime autoritário, em sua ânsia pelo poder, precisa fabricar inimigos internos para justificar perseguições, censuras e prisões arbitrárias", declarou. Ele também mencionou países como Venezuela, Cuba e Nicarágua para reforçar sua narrativa.
Denúncia
A denúncia contra Bolsonaro foi apresentada na terça-feira (18) pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, e aponta cinco crimes:
- Liderança de organização criminosa armada
- Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
- Golpe de Estado
- Dano qualificado por violência e grave ameaça contra o patrimônio da União
- Deterioração de patrimônio tombado
Caso seja condenado por todas as acusações, Bolsonaro pode enfrentar uma pena máxima que chega a quase 40 anos de prisão.
Além da denúncia criminal, o ex-presidente já havia sido declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que o impede de disputar eleições até 2030. A decisão veio após a Corte entender que ele utilizou a estrutura do governo para espalhar desinformação sobre o sistema eleitoral brasileiro.