Servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) ameaçam entrar em greve caso o diretor-geral Luiz Fernando Corrêa não seja afastado do cargo. A categoria convocou uma assembleia para segunda-feira (23), na qual será discutida a paralisação como forma de pressão.
Corrêa foi indiciado no relatório final da Polícia Federal sobre a chamada "Abin Paralela", que investigou a existência de uma estrutura ilegal de espionagem dentro da agência durante o governo Bolsonaro. Segundo a PF, o diretor participou de reuniões estratégicas e teria atuado para obstruir as investigações.
Os agentes alegam que a permanência de Corrêa compromete a credibilidade e a imparcialidade da Abin.
A investigação apontou que cerca de 1,8 mil celulares foram monitorados ilegalmente, incluindo os de servidores, ministros, jornalistas e parlamentares. O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) é citado como idealizador do esquema.