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Bolsonaro desiste de depoimentos de quatro testemunhas no julgamento sobre o Golpe de Estado

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Da redação

Ao todo, Bolsonaro e outros 30 réus são acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de tentar impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

Bolsonaro desiste de depoimentos de quatro testemunhas no julgamento sobre o Golpe de Estado
Reprodução/Evaristo Sá/AFP

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) informou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira (29), que desistiu da oitiva de quatro testemunhas no processo que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Entre os nomes estão dois ex-ministros do governo Bolsonaro.

Os depoimentos cancelados pela defesa são os do deputado federal e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello (PL-RJ), do ex-ministro do Turismo Gilson Machado, do advogado Amauri Feres Saad, apontado como colaborador na elaboração de uma minuta golpista, e do médico cardiologista Ricardo Peixoto Camarinha, que acompanhava o ex-presidente.

Com isso, permanecem confirmados para depor nomes estratégicos, incluindo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ex-ministro da Infraestrutura. O depoimento dele, previsto para esta sexta-feira (30), é um dos mais aguardados.

Outras testemunhas que devem ser ouvidas nos próximos dias incluem:

  • Giuseppe Dutra Janino, ex-secretário de Tecnologia do TSE;
  • Wagner de Oliveira, coronel da comissão de acompanhamento das eleições;
  • Renato de Lima França, ex-subchefe para Assuntos Jurídicos da Presidência;
  • Jonathas Assunção Salvador Nery, ex-secretário-executivo da Casa Civil;
  • Ciro Nogueira (PP-PI), senador e ex-ministro da Casa Civil.

Ao todo, Bolsonaro e outros 30 réus são acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de tentar impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e manter Bolsonaro no poder por meios ilegais.

A PGR considera que o esquema envolvia elaboração de documentos golpistas, articulações militares e a disseminação de desinformação. Depoimentos já prestados por ex-comandantes das Forças Armadas, como o general Freire Gomes (Exército) e o brigadeiro Baptista Júnior (Aeronáutica), confirmaram reuniões com Bolsonaro e o então ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira sobre uma minuta que previa medidas antidemocráticas.

A última rodada de oitivas está marcada para a próxima segunda-feira (2), com testemunhas indicadas pelas defesas de Bolsonaro, Anderson Torres e Braga Netto. Devem prestar depoimento o senador Rogério Marinho (PL-RN) e o general Gustavo Henrique Dutra, ex-comandante militar do Planalto.

Até o momento, o STF já ouviu 43 das 82 testemunhas listadas no início do processo. As defesas desistiram de 16 nomes e solicitaram que duas falas fossem feitas por escrito.

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