Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), é uma das quatro cidades baianas que terá a eleição municipal disputada em dois turnos pela primeira vez na história. No estado, além da cidade, apenas Vitória da Conquista e Ruy Barbosa ainda não definiram os prefeitos dos próximos anos. No caso das duas últimas, a situação aconteceu porque os candidatos vencedores estão inelegíveis e aguardam decisão da Justiça Eleitoral.
Entretanto, o cenário político de Camaçari tem peculiaridades importantes - e que vão repercutir na disputa pelo comando do Executivo estadual, em 2026. Luiz Caetano (PT) e Flávio Matos (União Brasil) seguem para o segundo turno na cidade depois de uma disputa que teve o petista com apenas 559 votos de diferença em relação ao segundo colocado.
“Essa eleição simboliza o que vem por aí na sucessão estadual. Isso porque ACM Neto, provavelmente, deve ser candidato mais uma vez ao governo. E, do outro lado, Jerônimo Rodrigues que não teve ainda nome fechado pelo PT para ser candidato à reeleição e que vive uma fase muito difícil, principalmente na segurança pública”, comenta o jornalista Casemiro Neto.
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Outro fato que pode complicar ainda mais a definição do nome do PT para a disputa em 2026 é a concorrência interna, analisa Casemiro. “Rui Costa não descarta de maneira nenhuma a possibilidade de voltar a ser governador do Estado. Sempre que é questionado, ele tem colocado o nome dele à disposição para uma possível disputa ao Senado. Só tem um detalhe: Jaques Wagner e Ângelo Coronel querem continuar sendo senadores e, por isso querem ser candidatos à reeleição. Esse imbróglio o PT tem que resolver”.
Do outro lado do continente
Longe de nós mas com implicações diretas para o Brasil, estão as eleições americanas, marcadas para o próximo dia 5 de novembro. Casemiro relembra o caso da baiana Nayara Andrejczyk, de Vitória da Conquista, que viralizou ao ser filmada pedindo ao candidato Donald Trump para que não “transforme os EUA no Brasil”.
“Só tem um detalhe, Nayara: Trump odeia imigrantes, sabia? Um dos grandes destaques do plano de governo dele é um bota-fora geral pra quem não nasceu nos EUA, os não-americanos”.