Os Estados Unidos iniciaram nesta quarta-feira (1) um novo shutdown após o Congresso não aprovar a proposta de orçamento enviada pelo governo de Donald Trump. A paralisação já afeta serviços públicos, monumentos e órgãos federais em todo o país.
Em Washington, o Monumento a Washington foi fechado “até segunda ordem”, segundo o Serviço Nacional de Parques. Já a Estátua da Liberdade, em Nova York, segue aberta, mas pode encerrar as visitas nos próximos dias. A governadora Kathy Hochul afirmou que não destinará recursos estaduais para manter o local.
Museus e centros de pesquisa do Instituto Smithsonian continuarão abertos apenas até segunda-feira (6). A Ilha Ellis, que abriga o Museu da Imigração, deve ser fechada imediatamente. O Serviço Nacional de Parques ainda avalia se suspenderá atividades em mais de 400 áreas abertas à visitação.
O impacto também atinge obras estratégicas. O diretor de orçamento da Casa Branca, Russ Vought, confirmou o bloqueio de US$ 18 bilhões (R$ 95,8 bilhões) destinados a projetos em Nova York, incluindo um túnel sob o rio Hudson e a expansão do metrô.
Diversos departamentos federais reduziram equipes. O Departamento de Segurança Interna colocou mais de 14 mil funcionários de licença, enquanto o Departamento de Saúde afastará 41% de seu quadro, o que limita pesquisas do NIH e ações da FDA. Na aviação, 11 mil servidores da FAA foram enviados para casa, mas 13 mil controladores de tráfego seguem trabalhando sem salário.
Militares e forças de segurança, como FBI e Guarda Nacional, permanecem em atividade. Serviços essenciais, como pagamento de aposentadorias e assistência alimentar, seguem ativos enquanto houver recursos.
O impasse opõe democratas e republicanos em torno de programas de saúde. Enquanto os democratas exigem a prorrogação de benefícios que estão prestes a expirar, aliados de Trump defendem que orçamento e saúde sejam tratados separadamente.