O ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, foi preso na manhã desta quinta-feira (13) em mais uma fase da "Operação Sem Desconto", da Polícia Federal. A ação investiga fraudes contra idosos que deram prejuízos bilionários.
A PF informou, por meio de nota, que equipes estão nas ruas em vários estados para cumprir 10 mandados de prisão e 63 de busca e apreensão.
De acordo com a TV Globo, também foram alvos de mandados de prisão: Antônio Carlos Antunes Camilo, o "Careca do INSS"; Vinícius Ramos da Cruz; Tiago Abraão Ferreira Lopes; Cícero Marcelino de Souza Santos; Samuel Chrisostomo do Bonfim Júnior.
Medidas cautelares diversas da prisão foram cumpridas nos estados do Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins e no Distrito Federal.
Entre essas medidas, está a instalação de tornozeleira eletrônica no ex-ministro da Previdência do governo Bolsonaro, José Carlos Oliveira, que mudou de nome para Ahmed Mohamed Oliveira.
Estão sendo investigados os crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa, estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva, além de atos de ocultação e dilapidação patrimonial.
A investigação começou em 2023, quando a Controladoria-Geral da União (CGU) percebeu o aumento do número de entidades e dos valores descontados dos aposentados. A partir desse processo, foram feitas auditorias em 29 entidades que tinham Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) com o INSS. Também foram realizadas entrevistas com 1.300 aposentados que tinham descontos em folha de pagamento.
A CGU identificou que as entidades não tinham estrutura operacional para prestar os serviços que ofereciam aos beneficiários e que, dos entrevistados, a maioria não havia autorizado os descontos. A CGU também identificou que 70% das 29 entidades analisadas não tinham entregue a documentação completa ao INSS.