O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), demonstrou não temer uma virtual aplicação, por meio dos Estados Unidos, da Lei Magnitsky - a mesma sanção que recaiu sobre o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
“Nós não podemos também vincular nossa atuação política a esta ou aquela argumentação, a este ou aquele risco, porque temos que fazer o que é certo, o que é correto. E nada nos tirará desse foco, nada nos tirará desse objetivo. Tenho, portanto, muita tranquilidade quanto à minha atuação”, disse o parlamentar, nesta sexta-feira (8), durante entrevista ao Portal Metrópoles.
O governo americano pressiona o Brasil por meio de uma articulação do deputado federal Eduardo Bolsonaro, que está fora do país desde fevereiro. Ele quer que o Senado coloque em pauta o impeachment de Moraes. Também pede anistia pelos investigados pelos crimes do 8 de Janeiro.
“Temos um problema político-jurídico que envolve Eduardo Bolsonaro, que tomou a decisão de ir aos Estados Unidos e ficar lá defendendo teses que lhe são caras. E essas teses, nós temos que respeitar, ele está no exercício, apesar de não concordar com alguns movimentos que ele tem feito”, completou Motta.
“O parlamentar, quando decidiu ir aos Estados Unidos, ele tinha um objetivo, sabia também daquilo que não seria possível manter, quando optou ficar à distância do seu mandato, do Estado que representa”, destacou.
Na quinta-feira, senadores bolsonaristas conseguiram 41 assinaturas para abrir processo contra Moraes. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre, porém, descartou qualquer possibilidade de levar o caso a plenário.
