Israel lançou, nesta segunda-feira (23), uma ofensiva aérea de grande escala contra alvos militares do Irã, atingindo inclusive locais estratégicos no centro de Teerã, capital do país.
Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), os bombardeios atingiram instalações consideradas centrais para o regime iraniano, como a prisão de Evin, o quartel de Tharallah, a sede da Basij e o complexo nuclear subterrâneo de Fordow.
De acordo com o ministro da Defesa, Israel Katz, os ataques foram conduzidos "com força sem precedentes" e tiveram como foco o que chamou de "instrumentos de opressão do aiatolá Ali Khamenei". Também foi atingido o chamado "relógio Destrua Israel", localizado na Praça da Palestina.
Além da capital, as cidades de Kermanshah e o complexo militar de Parchin, ao sudeste de Teerã, também foram bombardeados. Moradores relataram explosões em áreas densamente povoadas, como a Rua Jordan, na zona norte da capital.
O bombardeio à instalação de Fordow ocorreu dois dias após os Estados Unidos terem atacado o mesmo local com bombas antibunker MOP GBU-57, atingindo também Isfahan e Natanz, onde funcionam instalações nucleares iranianas. Segundo o presidente Donald Trump, os ataques teriam "eliminado a capacidade nuclear do Irã", embora autoridades de Israel e dos EUA alertem que é cedo para mensurar os danos reais.
Em retaliação, o Irã lançou mísseis e drones contra Israel, atingindo diversas áreas do país, segundo a Guarda Revolucionária Iraniana. Até o momento, não há registro de vítimas ou danos graves em território israelense.
O governo iraniano prometeu novas represálias contra os Estados Unidos, mas ainda não realizou novas ações de grande impacto até esta segunda-feira.
