O Ministério das Relações Exteriores informou, nesta segunda-feira (16), que as autoridades brasileiras retidas em Israel ignoraram um alerta consular que desaconselhava viagens não essenciais ao país. O aviso, publicado em outubro de 2023, já recomendava que brasileiros deixassem o território israelense devido à escalada do conflito na região.
Segundo o Itamaraty, duas comitivas oficiais viajaram a Israel a convite do governo local, mesmo com o alerta vigente. A situação se agravou após os bombardeios entre Israel e Irã, na última quinta-feira (12), que levaram ao fechamento do espaço aéreo israelense. Com isso, prefeitos, secretários e outras autoridades brasileiras ficaram impedidos de sair do país.
Nesta segunda, o governo brasileiro conseguiu retirar um grupo de 12 autoridades por via terrestre, entre elas dois prefeitos de capitais. O grupo seguiu até a Jordânia e, de lá, embarcará para a Arábia Saudita, onde fretaram um voo de retorno ao Brasil. As demais autoridades aguardam liberação para seguir o mesmo trajeto.
O ministério também alertou para golpes via aplicativos de mensagem, nos quais criminosos estariam oferecendo vagas em supostos voos de repatriação. “Recorda-se que o espaço aéreo israelense segue fechado, sem previsão de reabertura”, destacou o comunicado.
