O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (23) que a taxação de 40% imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros foi “irrelevante” para o Brasil. Segundo ele, as discussões em torno do tema ainda resultaram em uma aproximação pessoal com o então presidente norte-americano, Donald Trump.
Durante cerimônia no Palácio do Planalto, Lula avaliou que o cenário indica que o ano “terminou bem” para o país. Ele citou a queda no preço dos alimentos e a retomada do acesso da população a produtos que haviam encarecido.
“O ano termina bem. Mesmo a taxação que os Estados Unidos fizeram contra o Brasil terminou sendo irrelevante. Quando muita gente imaginava que eu e o Trump iríamos entrar em guerra, nós terminamos virando amigos”, declarou.
A relação entre Brasil e Estados Unidos viveu um período de maior tensão entre julho e agosto, quando o governo americano anunciou tarifas sobre produtos brasileiros. À época, Trump e aliados criticaram o julgamento da trama golpista no STF, que resultou na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão.
Em julho, os Estados Unidos também aplicaram a Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, sob a alegação de autorizar prisões arbitrárias e restringir a liberdade de expressão. O magistrado e sua esposa foram retirados da lista no último dia 12.
Em setembro, Lula e Trump se encontraram durante a Assembleia Geral da ONU. Na ocasião, o norte-americano afirmou que teve uma “química excelente” com o presidente brasileiro.
No início de dezembro, após uma ligação telefônica, Trump voltou a elogiar Lula. Disse que a conversa abordou comércio e sanções e classificou o diálogo como positivo. “Eu gosto dele. Tivemos boas reuniões e uma conversa muito boa”, afirmou.
