O ex-presidente Jair Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal por associação criminosa e inserção de dados falsos no sistema público. A determinação acontece em meio a uma investigação de falsificação de certificados de vacinas de Covid-19. As informações são da colunista Daniela Lima, no g1.
A PF também indiciou o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de obras de Bolsonaro, e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ). Agora o processo segue para o Ministério Público, que vai decidir se apresenta denúncia à Justiça ou arquiva a apuração.
Em janeiro, uma investigação da Controladoria-Geral da União (CGU) concluiu que é falso o registro de imunização contra a covid-19 que consta do cartão de vacinação do ex-presidente.
Os dados do Ministério da Saúde, que aparecem no cartão de vacinação, constam que ele se vacinou em 19 de julho de 2021 na Unidade Básica de Saúde (UBS) Parque Peruche, na zona norte de São Paulo.
A CGU, no entanto, constatou que Bolsonaro não estava na capital paulista nessa data e que o lote de vacinação que consta no sistema do Ministério da Saúde não estava disponível naquela data na UBS onde teria ocorrido a imunização.
Segundo registros da Força Aérea Brasileira (FAB), o ex-presidente voou de São Paulo para Brasília um dia antes da suposta vacinação e não fez nenhum outro voo até pelo menos 22 de julho de 2021.
Os auditores também tomaram depoimentos de funcionários da UBS, que afirmaram não terem visto Bolsonaro no local na data informada e negaram ter recebido pedidos para registrar a imunização.