A Polícia Federal (PF) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a quebra de sigilo fiscal e bancário, bem como a autorização para tomar o depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O objetivo é investigar o esquema internacional de venda de joias e presentes ilegalmente recebidos por ele durante seu mandato. Essa ação é vista como um movimento em direção à possível prisão do ex-presidente, aponta a colunista Eliane Catanhêde, do jornal Estadão.
Além do ex-presidente, a PF também busca ouvir a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e está colaborando com o FBI, a polícia dos Estados Unidos, para avançar nas investigações no país. Embora isso ocorra, as evidências e provas aparentam ser suficientes para justificar a prisão do general Mauro Lourena Cid e do advogado Frederick Wassef, ambos diretamente envolvidos no esquema.
Os dois foram alvo de buscas e apreensões realizadas pela PF na sexta-feira. O filho do general, tenente-coronel Mauro Cid, é central no esquema, já enfrenta acusações por outros crimes e está detido.
De acordo com as informações apuradas pelo Estadão, o diretor-geral da PF, Andrei Passos, dialogou por telefone com o ministro da Defesa, José Mucio, e com o comandante do Exército, general Tomás Paiva, na quinta e sexta-feira. Ambos estão acompanhando o desenrolar das investigações e das notícias e mantêm a posição de separar as Forças Armadas de oficiais que cometam "erros", que devem responder por suas ações de maneira independente. A determinação judicial será acatada.
