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Queimadas: advogado de prefeito sugere que oposição ‘induziu’ Justiça ao erro

Data:
Matheus Caldas

O prefeito foi alvo da Operação São José, deflagrada pela Polícia Federal, após inquérito civil instaurado pelo Ministério Público Federal (MPF).

Queimadas: advogado de prefeito sugere que oposição ‘induziu’ Justiça ao erro
redes sociais

Procurador adjunto de Queimadas, a 300 km de Salvador, Júnior Desidério sugeriu que a oposição da cidade “induziu as instituições públicas ao erro” no processo que culminou num mandado de busca e apreensão contra o prefeito Dr. André (PT), na manhã desta quarta-feira (25).

Em live transmitida nas redes sociais da Prefeitura, nesta noite, Desidério disse que políticos que fazem “oposição com o estômago e com o fígado” articularam uma denúncia “infundada”. O prefeito foi alvo da Operação São José, deflagrada pela Polícia Federal, após inquérito civil instaurado pelo Ministério Público Federal (MPF).

"Vamos provar que não há nenhum tipo de irregularidade nesses casos. E isso não é simplesmente a palavra de advogado que quer tranquilizar. Não. Aqui é palavra de quem acompanha os processos deste município”, afirmou.

Na manifestação, o prefeito se emocionou, colocou o pé na mesa para provar que não estava usando tornozeleira eletrônica. Ele também disse que foi surpreendido e que tomou “um susto” ao acordar às 5h30 com a PF na porta de casa.

“Estou muito tranquilo. Claro que dói. Filhos, irmãos, netos, amigos, tanta gente do bem”, lamentou. “Se você não acredita em mim, as minhas desculpas. É a verdade, porque o mundo político está sujo. São tantas ofensas”, acrescentou.

Dr. André ainda brincou com a situação e disse que os agentes acharam “alguns reais” em sua residência. “Se foram atrás de milhões, encontraram alguns reais. O prefeito não pode andar teso. Preciso, às vezes, ajudar um amigo que me pede até pra tomar uma pinga, R$ 10 reais. Ontem cheguei de salvador um amigo me pediu R$ 10 reais. Isso não é compra de votos, é apreço”, declarou.

A Operação São José cumpriu mandados judiciais decorrentes de investigação relativa a irregularidades na contratação de empresa para realização de serviços laboratoriais, vinculada ao prefeito, com suposta utilização de recursos do Sistema Único de Saúde.

A investigação detectou que a Prefeitura teria realizado procedimento de inexigibilidade de licitação, em 2018, para contratação de empresa para a prestação de serviços laboratoriais, sendo escolhida empresa pertence a pessoa ligada ao prefeito.

Apurou-se que o prefeito já era proprietário de um laboratório de análise clínica na cidade, e durante o seu mandato, contratou empresa de fachada em nome de interposta pessoa, sendo que os serviços laboratoriais eram aparentemente prestados pela própria empresa do prefeito, pelo menos desde 2018.

 

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