Após a aprovação unânime do projeto que isenta do Imposto de Renda quem recebe até R$ 5 mil, o debate no Senado já se volta para emendas que podem estender o benefício a rendas de até R$ 10 mil mensais. Também estão sendo discutidos ajustes em contrapartidas estabelecidas pela Câmara dos Deputados e a correção de casos de bitributação. Renan Calheiros (MDB-AL) aparece como possível relator, mas a definição oficial sobre a tramitação ainda não foi feita, segundo o presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
Apesar das discussões, a expectativa é de uma aprovação sem grandes obstáculos, repetindo o cenário da Câmara, onde a proposta foi articulada diretamente pelo governo e pelo presidente Arthur Lira, que rejeitou diversas emendas contrárias às regras fiscais. O projeto pode beneficiar cerca de 16 milhões de brasileiros e, se passar no Senado ainda este ano, entrará em vigor em 2026. A medida é considerada uma das principais promessas de campanha do presidente Lula.
Paralelamente, o Planalto busca aprovar até a próxima quarta-feira (9) a medida provisória que taxa aplicações financeiras, considerada essencial para o equilíbrio fiscal. O relator, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), já indicou que vai reintroduzir isenções para letras de crédito imobiliário e do agronegócio, em uma tentativa de assegurar a aprovação sem comprometer a proposta.