O presidente Lula deve montar um quebra-cabeças para escolher o nome que assumirá o lugar da ministra Rosa Weber quando ela se aposentar do Supremo Tribunal Federal. Ela deixa a corte na próxima quinta-feira (28). Em outubro, Rosa completará 75 anos, a idade limite para os integrantes do Supremo.
A escolha de quem ficará na vaga é motivo de disputa entre integrantes da base aliada de Lula. Há ainda pressão para que o chefe do executivo não reduza a representatividade feminina no STF. Hoje, a corte tem nove homens e duas ministras.
Existe ainda uma campanha para que Lula bata o martelo por uma mulher negra. Hoje, Lula afirmou que “o critério não será mais esse. Eu estou muito tranquilo, por isso estou dizendo que eu vou escolher uma pessoa que possa atender aos interesses e expectativas do Brasil. Uma pessoa que possa servir ao Brasil. Uma pessoa que tenha respeito com a sociedade brasileira. Uma pessoa que vote adequadamente sem ficar votando pela imprensa .Sabe?”.
Três nomes estão sendo bastante ventilados para o cargo: Jorge Messias, advogado-geral da União (AGU), Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) e Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública. Este último é o mais cotado para a indicação ao Supremo. Caso a escolha de Lula não seja uma mulher, a única representante feminina no STF será a ministra Carmem Lúcia, que deve se aposentar em 2029, quando completará 75 anos.
Nesse quebra-cabeças, Lula estuda uma solução para reduzir as críticas se realmente escolher um homem para o STF. Uma das opções é nomear uma mulher para o Ministério da Justiça. Isso deve acontecer caso Flávio Dino vá para o Supremo. Outra opção seria a indicação de uma mulher para a AGU, se Messias for ocupar outra função.