O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (4) a prisão da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A decisão veio um dia após pedido protocolado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Além da prisão, Moraes mandou bloquear os passaportes da parlamentar — inclusive o diplomático —, salários, veículos, bens, contas bancárias, PIX e todos os perfis em redes sociais, como X, Instagram, Facebook, TikTok, Gettr e LinkedIn.
Zambelli também foi multada em R$ 50 mil por dia caso continue fazendo publicações que, segundo Moraes, reiterem condutas criminosas. O nome da deputada foi incluído na lista de procurados da Interpol.
A deputada deixou o Brasil e afirmou estar nos Estados Unidos, com planos de seguir para a Europa para tratamento de saúde. Moraes, porém, apontou que a viagem tem como objetivo fugir da Justiça, especialmente diante da proximidade do julgamento de recursos contra sua condenação.
Zambelli foi sentenciada a 10 anos de prisão por envolvimento em um ataque cibernético contra o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A PGR pediu que ela seja considerada foragida, argumentando que ela se evadiu do país e desrespeitou publicamente a decisão do STF, que fixou pena em regime fechado.
Antes da decisão de Moraes, a imprensa revelou que o marido da deputada pediu licença do cargo de secretário municipal no interior do Ceará para acompanhar a esposa na viagem.
