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STF torna seis aliados de Bolsonaro réus por envolvimento em trama golpista

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Da redação

Ministro Alexandre de Moraes, afirmou que todos os denunciados tiveram papel ativo no planejamento de um golpe de Estado

STF torna seis aliados de Bolsonaro réus por envolvimento em trama golpista
Divulgação

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou, por unanimidade, a denúncia contra seis aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusados de participar do “núcleo de gerentes” da trama golpista que resultou nos ataques de 8 de janeiro de 2023. Com a decisão, o grupo se torna réu e responderá a uma ação penal.

O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, afirmou que todos os denunciados tiveram papel ativo no planejamento de um golpe de Estado. Ele destacou ainda que o próprio Bolsonaro admitiu publicamente ter tido acesso a uma minuta golpista.

Os ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin acompanharam o voto de Moraes. Para ele, milícias digitais seguem tentando distorcer os fatos e inflar a defesa de anistia aos envolvidos.

“Se o que aconteceu no Brasil acontecesse na sua casa, você defenderia anistia para essas pessoas?”, questionou.

Moraes também rebateu críticas sobre seu impedimento para julgar o caso, já que foi citado como alvo de um plano de assassinato. “Investigado não escolhe o juiz”, afirmou, reforçando que a denúncia trata de ataques à instituição do Poder Judiciário.

Os seis réus são: o general Mário Fernandes, o ex-assessor Filipe Martins, o ex-assessor Marcelo Câmara, o ex-diretor da PRF Silvinei Vasques, a ex-subsecretária do DF Marília de Alencar e o ex-secretário-adjunto Fernando de Sousa Oliveira.

Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o grupo gerenciava as ações golpistas após a derrota de Bolsonaro nas eleições de 2022. Eles são acusados de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Todos negam envolvimento.

As penas podem chegar a 46 anos de prisão.

O ex-presidente Jair Bolsonaro também já é réu, desde o fim de março, por supostamente liderar o chamado “núcleo crucial” da tentativa de golpe.

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