O Tribunal de Contas da União (TCU) marcou para 21 de maio o julgamento de um processo que investiga irregularidades na compra de 300 respiradores pelo Consórcio Nordeste durante a pandemia de Covid-19. A compra, feita com a empresa Hempcare, custou R$ 48,7 milhões, mas os equipamentos nunca foram entregues.
Na época da aquisição, o Consórcio Nordeste era presidido pelo então governador da Bahia, Rui Costa, atual ministro-chefe da Casa Civil. No entanto, seu nome não foi citado no relatório técnico do TCU.
Os auditores do TCU apontaram responsabilidade de Carlos Gabas, então secretário-executivo do Consórcio Nordeste, e recomendaram a aplicação de multa e inabilitação para função pública tanto para ele quanto para Valderir Claudino de Souza, ex-gerente administrativo do órgão.
Gabas e Souza alegam que não podem ser responsabilizados pelos problemas na contratação dos respiradores, mas os auditores do TCU destacaram várias irregularidades, incluindo a contratação de uma empresa recém-criada, sem experiência no setor e com capital social de apenas R$ 100 mil. A decisão final caberá aos ministros da corte.