A Justiça da Bahia mandou prender três homens por agressão corporal de natureza grave no município de Planaltino, no Sudoeste, contra uma jovem de 18 anos - que terá o nome preservado -. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (18) pela delegada titular da cidade, Viviane Rosa.
Do trio, um morreu em confronto com a PM, o outro está preso e o terceiro é considerado foragido.
O crime aconteceu no dia 15 de julho e ganhou muita repercussão na Bahia, após fotografias da vítima serem compartilhadas no WhatsApp. "Fizemos os procedimentos e representei pela prisão de três maiores. Havia ainda, na situação, dois menores de idade", elencou a delegada durante entrevista ao Portal do Casé.
Os nomes dos suspeitos não podem ser divulgados por conta da Lei de Abuso de Autoridade, mas a reportagem do Portal do Casé apurou que, por esse crime, o filho de um vereador de Planaltino é acusado. Ele é justamente o que está foragido.
Já o integrante do grupo que morreu atirou contra guarnições da Companhia Independente de Policiamento Especializado (CIPE/Central) no dia 8 de setembro. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu. Também por conta da Lei de Abuso, a identificação não pode ser repassada para a imprensa.
ESTUPRO COLETIVO
A vítima da agressão ainda denunciou à delegada que havia sofrido, um mês antes, um estupro coletivo. Segundo Viviane Rosa, um novo inquérito foi aberto e o que chamou a atenção é que um rapaz apontado pela menina é o mesmo que cometeu a agressão. Na prática, ele pode responder pela agressão e estupro. O filho de outro vereador também é investigado.
"No inquérito do estupro coletivo, foram cinco [suspeitos]. Só um era coincidente com a lesão. No decorrer, a irmã da vítima também afirma que foi vítima de estupro coletivo. Dois indivíduos foram acusados. Depois disso, a primeira vítima foi ouvida novamente. Ela alega outro estupro coletivo, que está sendo investigado", explicou a delegada de Planaltino.
Agora, a Polícia Civil da cidade está com quatro inquéritos abertos. Um pela lesão corporal, onde a Justiça já acatou a prisão dos três suspeitos; e outros três por estupro coletivo - dois que teriam sido cometidos, em meses diferentes, contra a jovem agredida e um contra a irmã dela -.
"Estamos apurando tudo. Sempre reforçamos que as denúncias têm que ser feitas o mais rápido possível. São acusações graves. A Justiça ter que ter prova. Quanto antes denunciar, melhor", pontuou Viviane Rosa.