O Tribunal de Justiça da Bahia libertou 11 dos 24 presos na "Operação Falsas Promessas 2". Entre os liberados estão PMs e influenciadores. Na mesma decisão, porém, não foram citados Ramhon Dias de Jesus Vaz, Gabriela da Silva Vale e Rafaela Almeida Silva Aragão - essas duas últimas já soltas em audiência de custódia, em abril. Dos 21 casos analisados pelo juiz Maurício Albagli Oliveira, 10 continuarão atrás das grades.
Continuarão presos: Adilson Prazeres Barbosa, conhecido como "Jhones Prazeres"; Charles Vilas Boas Prazeres; Francisco Souza Braga Júnior; Idelfonso de Jesus Santos Filho; Jeferson Silva França; José Roberto Nascimento dos Santos, o "Nanan Premiações"; Josemário Aparecido Santos Lins; Paulo Santos da Silva Júnior; Valdomiro Maximiano dos Santos; e Wesley da Silva Damasceno.
Para embasar as 10 decisões, o juiz analisou vários aspectos mostrados pela Polícia Civil e Ministério Público, a exemplo de grandes movimentações financeiras e chefia do grupo. Foi o caso de "Nanan". “Mesmo cumprindo medidas alternativas à prisão que lhe foram impostas no processo alusivo à OPERAÇÃO FALSAS PROMESSAS, prosseguiu na atividade ilícita de promoção de jogos de azar, tentando sem êxito legalizá-la”.
LIBERTADOS
Foram revogadas as prisões preventivas de David Mascarenhas Alves de Santana; Jefferson Pereira da Silva; Joabe Vilas Boas Bonfim; e João Nilton Laurentino.
Também foram liberados Alan dos Santos Souza; Almir Witzlebem Barradas Neto, Antônio César de Jesus, Edson Paim de Oliveira Júnior; Francklin de Jesus Reis; Lázaro Alexandre Pereira de Andrade, o "Tchaca"; e Ludmila Soares do Nascimento.

Esse segundo grupo teve a prisão substituída por medidas cautelares. Todos terão que usar tornozeleira eletrônica por 90 dias, além de comparecimento a todos os atos do processo; e proibição de se ausentarem do município em que residem, por prazo superior a dez dias, sem autorização. Também foi determinada "a proibição de promoção e divulgação de rifas e outros jogos de azar nas redes sociais ou por qualquer outro meio de comunicação".
FALSAS PROMESSAS 2
A ação foi um desdobramento de uma deflagrada em setembro do ano passado, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada em rifas ilegais e lavagem de dinheiro, com atuação em diversas cidades da Bahia.
A Polícia Civil coloca pelo menos três investigados como lideranças do grupo: José Roberto Nascimento, o "Nanan Premiações"; a esposa dele, Gabriela da Silva Vale; e o rifeiro Ramhon Dias de Jesus Vaz. Os investigadores apontam que eles exerciam funções centrais na estrutura criminosa, coordenando atividades e articulando o esquema de movimentação financeira.
O grupo atuava em Salvador, Região Metropolitana, Vera Cruz, São Felipe, Juazeiro e Nazaré, "utilizando uma estrutura sofisticada de empresas de fachada e ‘laranjas’ para ocultar a origem dos valores arrecadados ilegalmente com rifas fraudulentas".