O empresário Marcelo Batista da Silva foi preso preventivamente, nesta terça-feira (26), por tentativa de homicídio contra três pessoas, em Salvador. O trio, que foi alvo de disparos de arma de fogo, conseguiu escapar. Dois desses eram ex-funcionários da empresa do suspeito.
A prisão foi decretada no dia 25 de agosto e cumprida por equipes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que localizaram o suspeito em um ferro-velho no bairro de Pirajá, onde ele também é investigado por um duplo homicídio.
A prisão desta terça não tem relação com os assassinatos de Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento, de 24 anos, e Matusalém Lima Muniz, 25. Eles desapareceram em novembro de 2024. De acordo com provas levantadas pela polícia, os rapazes teriam sido torturados e mortos no galpão da empresa de Marcelo.
Os corpos ainda não foram encontrados. O caso ficou conhecido como o “mistério do ferro-velho”.
O Tribunal de Justiça da Bahia determinou a prisão preventiva do empresário no dia 1 de abril. Na época, o magistrado havia revogado um mandado anterior, afirmando não haver indícios de que Marcelo tentaria fugir. Pouco depois, no entanto, surgiram evidências de destruição de provas, como câmeras de segurança danificadas e vestígios de sangue em lixeiras do ferro-velho.
A empresa de Marcelo, localizada em Pirajá, foi alvo de buscas da Polícia Civil, que também esteve em seu apartamento de luxo no bairro de Pituaçu. Desde a repercussão do caso, ele estava foragido.
Além de Marcelo Batista, também são investigados no inquérito o policial militar Marcelo Durão Costa, seu irmão Clóvis Antônio Santana Durão Júnior, o PM Josué Xavier e um funcionário do ferro-velho conhecido como “Cabecinha”.