Vitor Antonio Peixoto Lobo, investigado pela Polícia Civil por tráfico de maconha líquida, não teve pedido de prisão temporária em preventiva e acabou solto, após 18 dias atrás das grades. O homem já está livre desde a última sexta-feira (28).
Além de Vitor, também acabaram presos o piloto e ex-servidor do Ministério Público Federal David Carlos Ferreira, o "Carlinhos", e Rafael Gomes dos Santos Oliveira. Esse último estava com mandado em aberto e se apresentou na delegacia na última quinta-feira.
A Polícia Civil não chegou a pedir a conversão da prisão temporária de Vitor em preventiva. Isso porque ele teria colaborado com as investigações. Sua defesa aponta que ele tem documentos que provam a inocência. Agora, ele responde ao processo em liberdade.
Relatório do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco) aponta referência a duas contas de Instagram que Vitor usava para a suposta venda da maconha: Kalinetaspen e Kalinetaspen 2. Segundo o MP, ele também usava a conta pessoal para essa ação. Lobo, inclusive, figura como sócio de empresas que atuam no tratamento médico e terapêutico utilizando a maconha.
O público-alvo eram moradores dos bairros do Rio Vermelho e Graça, localidades nobres da capital baiana. Os policiais chegaram a desconfiar que o grupo criminoso possui um laboratório dentro de um hotel desativado. Segundo a Polícia Civil, a maconha líquida era usada em "vapes".
Rafael tinha outra função no esquema. Como é presidente-social da Associação de Apoio ao Tratamento com Canabinoides (AATAMED), instituição que auxilia pacientes em tratamento com canabidiol, estaria falsificando documentos com o objetivo de adquirir produtos derivados da maconha de forma irregular.