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Policiais e empresários são presos por grilagem de terra em Salvador e Linha Verde

Data:
Da redação

Quatro policiais presos utilizavam sua posição para facilitar as ações do grupo

Policiais e empresários são presos por grilagem de terra em Salvador e Linha Verde
Jeferson Silva/SSP

Oito pessoas, incluindo quatro policiais, foram presas na manhã desta quinta-feira (4) por suspeita de operacionalizar rede criminosa especializada na apropriação indevida de terras urbanas e rurais (grilagem) e por outros crimes, como corrupção ativa e passiva

Ação, do Ministério Público da Bahia e Secretaria de Segurança Pública (SSP), também cumpriu onze mandados de busca e apreensão. Os alvos da quadrilha eram terrenos na capital, Região Metropolitana de Salvador e Litoral Norte. 

A operação, batizada de "Grilagem S.A" e deflagrada em Salvador, Candeias e Camaçari, apontou que a organização criminosa atuava de forma estruturada e meticulosa, dividindo suas atividades em cinco fases: identificação e invasão de terrenos, afugentamento de opositores, edificação de construções, falsificação de documentos e regularização da posse, e, por fim, a venda dos imóveis a terceiros de boa-fé.

Os quatro policiais presos, segundo as investigações do Ministério Público da Bahia, utilizavam sua posição para facilitar as ações do grupo criminoso. Dois empresários foram alvos, um deles foi preso em flagrante. Os nomes dos presos não foram divulgados. 

A ação é a terceira fase da "Operação Crickets" e contou com a participação das equipes do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), da Força Correcional Especial Integrada da Corregedoria Geral (Force) da SSP, e das Corregedorias das Polícias Militar e Civil.

Foto: Jeferson Silva/SSP

A atuação do MPBA contra o esquema de grilagem já resultou em denúncia criminal recebida pelo Tribunal de Justiça da Bahia. Na ação penal, que corre sob segredo de Justiça, o MPBA aponta envolvimento de agentes de segurança e de servidores públicos na regularização fraudulenta de terras invadidas, com manipulação de processos administrativos para garantir a impunidade do grupo criminoso.
 

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