As violências contra a comunidade LGBTQIAPN+, sejam elas físicas ou psicológicas, sempre deixam marcas e dores para a vida inteira. E quando chega a velhice, essas dores crescem de forma silenciosa, carregadas de preconceitos como o etarismo, orientação sexual e identidade de gênero. Essas e outras questões que envolvem o envelhecimento da população LGBTQIAPN+ serão abordadas em mais uma edição do projeto "Dois Terços de Prosa", que traz como tema "O etarismo e a velhice da comunidade 50+".
O evento trará uma abordagem da vivência e desafios do envelhecer no Brasil e será realizado no dia 18 de outubro, às 14h, no Museu de Arte da Bahia (MAB).
Entre os convidados, estão o professor e pesquisador Leandro Colling; o enfermeiro e professor Jaime Dias e a presidente da UNALGBT na Bahia Lívia Ferreira, mediados pelo editor-chefe do Dois Terços, Genilson Coutinho.
Além do debate, uma campanha nas redes sociais do Dois Terços trará depoimentos de pessoas LGBTQIAPN+ que já passaram dos 50 anos e mesmo com a invisibilidade diante do processo seguem felizes.
Para Genilson Coutinho, este debate é muito necessário, não apenas em um dia pontual, mas, sim, no cotidiano.
"Precisamos levantar esse debate, pois o LGBTQIAPN+ nasce, cresce, envelhece e morre, mas, infelizmente, a invisibilidade da nossa comunidade é real e precisamos entender que envelhecer é um processo natural. Devemos conversar e buscar soluções para amenizar tantas dores, principalmente, em um momento como o que vivemos, no que tange à garantia dos nossos direitos".