Na coluna Vinhos em Harmonia de hoje, daremos continuidade à série “Batalha dos Vinhos”, que busca ajudar os amantes desta bebida maravilhosa a escolherem rótulos de forma mais segura e consciente. Neste segundo episódio, apresentamos um embate entre duas uvas que conquistam apreciadores ao redor do mundo: Tempranillo e Nero d'Avola. Ambas são excelentes opções para quem procura vinhos mais encorpados, ideais para acompanhar refeições ou para uma boa taça ao final do dia.
A Tempranillo é a uva mais emblemática da Espanha, especialmente da região de Rioja e Ribera del Duero. Seus vinhos se destacam pela cor intensa, taninos médios a marcantes e uma bela combinação de frutas vermelhas maduras, especiarias e notas de baunilha quando envelhecidos em barricas de carvalho. Já a Nero d'Avola é a estrela da Sicília, na Itália, e entrega vinhos encorpados, com taninos mais suaves e sabores que lembram frutas negras, ameixas, toques terrosos e, por vezes, um leve toque defumado. Ambas as uvas produzem rótulos versáteis, gastronômicos e muito acessíveis.
Se o objetivo é encontrar opções de boa relação custo-benefício e fáceis de achar no mercado brasileiro, destacamos dois rótulos: o Castelo de Molina Reserva Tempranillo, produzido no Chile pela Viña San Pedro, oferece toda a tipicidade da Tempranillo com muita fruta, toque de especiarias e bom equilíbrio por cerca de R$ 80. Já para os fãs da Nero d'Avola, o Cusumano Nero d'Avola, importado pela Vinci, é uma excelente escolha, trazendo toda a expressão da uva siciliana, com corpo, taninos macios e notas de frutas negras, custando em torno de R$ 95.
Na prática, a escolha entre as duas vai depender do seu paladar e do momento. Se busca um vinho mais estruturado, com taninos mais perceptíveis e uma pegada clássica espanhola, vá de Tempranillo. Mas se prefere algo mais frutado, macio e com aquele charme mediterrâneo da Sicília, o Nero d'Avola certamente irá agradar. E o melhor: ambos combinam perfeitamente com pratos de carnes, massas com molhos intensos e queijos curados.
No fim, o mais importante é experimentar e se permitir conhecer cada estilo. Com essas dicas, fica mais fácil enriquecer sua adega e surpreender seu paladar!
Até o próximo episódio da Batalha dos Vinhos. TIM-TIM!