O deputado Paulo Câmara (PSDB) apresentou uma indicação à Secretaria de Educação da Bahia para a criação de um Plano Estadual de Educação voltado às crianças com dislexia. A proposta, já protocolada na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), busca garantir políticas permanentes de diagnóstico precoce, formação de professores e oferta de recursos pedagógicos apropriados, promovendo um ambiente escolar mais inclusivo.
No documento, o parlamentar reforça que o acesso à educação de qualidade deve alcançar todos os estudantes. Segundo ele, é essencial que crianças com dislexia sejam identificadas, acolhidas e acompanhadas desde os primeiros anos da vida escolar, com diretrizes específicas dentro do plano estadual de educação.
Ao justificar a proposta, Paulo Câmara destacou que a dislexia é uma condição neurobiológica que interfere na leitura, escrita e soletração e que pode atingir de 5 a 17 por cento da população brasileira. Entre as medidas defendidas estão a formação específica de educadores, a oferta de recursos pedagógicos acessíveis, como softwares de leitura e livros digitais, além de apoio psicopedagógico e psicológico contínuo para os estudantes diagnosticados.
A sugestão inclui também a identificação de possíveis casos já na matrícula escolar, com base em relatórios de profissionais especializados, além do encaminhamento para avaliação quando houver queixas das famílias sobre o desempenho acadêmico.
O deputado propõe ainda que o plano contemple o suporte de terapeutas ocupacionais, com foco no desenvolvimento de habilidades motoras e cognitivas que contribuam para a autonomia e a autoestima dos estudantes. Para ele, a escola deve ser um espaço de pertencimento, no qual cada aluno tenha suas particularidades respeitadas e suas potencialidades estimuladas.