O juiz eleitoral Paulo de Almeida Sorci determinou que seja retirado do ar o vídeo do evento em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu votos para o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) em um ato na Arena Corinthians, na zona leste de São Paulo, na quarta-feira (1).
A ordem deve ser cumprida por Lula e pelo YouTube.
O magistrado afirmou que “a permanência do vídeo na rede pode macular a paridade entre os possíveis candidatos ao pleito vindouro, especialmente porque, além da extemporaneidade do ato de campanha, se trata de um ‘cabo eleitoral’ de considerável relevância”.
O juiz atendeu a uma representação feita pelo diretório do Novo em São Paulo.
O vídeo em questão foi feito em um evento em comemoração ao Dia do Trabalho, organizado por centrais sindicais. “Esse rapaz, esse jovem, esse jovem está disputando uma verdadeira guerra aqui em São Paulo. Ele está disputando com o nosso adversário nacional, nosso adversário municipal, nosso adversário estadual”, disse Lula, após puxar Boulos para a frente do palco.
Lula ainda afirmou ao público que “ninguém derrotará” Boulos se o publico votasse no deputado “para prefeito de São Paulo nas próximas eleições”. “Eu vou fazer um apelo: cada pessoa que votou no Lula em 1989, 1994, 1998, 2002, 2006, em 2010, em 2022, tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo”.
Segundo a legislação eleitoral, campanhas de candidatos só podem ser feitas a partir de 16 de agosto de 2024, após o fim do registro das candidaturas. Casos de eventuais campanhas antecipadas podem resultar em multas de até R$ 25 mil.