A Anvisa decidiu manter a proibição do uso estético do PMMA (polimetilmetacrilato) no Brasil. A substância segue autorizada apenas para fins médicos específicos, como correção de deformidades e perda de volume corporal. Mesmo assim, clínicas continuam oferecendo o procedimento de forma irregular.
A agência tem recebido diversas denúncias sobre o uso indevido do produto, muitas vezes em quantidades superiores às permitidas. Em casos clínicos autorizados — como em pacientes com lipodistrofia associada a antirretrovirais — a aplicação nos glúteos, por exemplo, está limitada a 60 mL por lado.
A reavaliação do PMMA foi feita a pedido do Conselho Federal de Medicina, que sugeriu a suspensão da comercialização. A Anvisa, no entanto, decidiu manter as autorizações atuais, reforçando a importância da fiscalização por parte dos conselhos profissionais.
O uso fora dos parâmetros médicos representa riscos graves, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, que alerta para inflamações e granulomas. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica vai além: necroses, embolias, cegueira e até mortes estão entre as possíveis consequências.
Atualmente, apenas dois produtos com PMMA têm registro aprovado. A manipulação da substância em farmácias é proibida.