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'Iuri Sheik' deve ir a júri popular, decidem desembargadores; veja o que pode acontecer

Data:
Jean Mendes

Apesar da decisão, o júri ainda não será marcado imediatamente

'Iuri Sheik' deve ir a júri popular, decidem desembargadores; veja o que pode acontecer
Arquivo/SSP

Desembargadores da turma criminal do Tribunal de Justiça da Bahia entenderam, por unanimidade, que o ex-influenciador digital Iuri Santos Abrão, conhecido como "Iuri Sheik", deve ir a júri popular. A informação foi confirmada na manhã desta terça-feira (6) pelo advogado de acusação, Wyre Souza. Iuri é acusado de matar o empresário William Oliveira, o "Will", no ano de 2019.

Apesar da decisão, o júri ainda não será marcado imediatamente. Isso porque os advogados do influenciador podem recorrer ao Superior Tribunal de Justiça, em Brasília. "Os desembargadores da Bahia encerraram o julgamento na segunda-feira. Sem dúvida, isso é uma vitória para a acusação. Todos os desembargadores concordaram com a tese acusatória", disse o advogado, ao Portal do Casé.

William foi morto a tiros durante festejos de São João em Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo da Bahia. "Iuri Sheik", que responde pelo crime de homicídio qualificado, se apresentou dias depois do assassinato no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa e ficou preso, mas foi solto em setembro de 2020 e responde em liberdade desde então.

"As vias vão se fechando [para a defesa de Iuri]. Caso os advogados dele recorram ao STJ, vamos pressionar para que o júri seja marcado ainda neste ano", completou Wyre.

Depoimentos de testemunhas já haviam feito o juiz Júlio Gonçalves da Silva Júnior entender que Iuri deveria ir a júri popular.

"Muito embora o acusado tenha alegado que agiu em legítima defesa, o mesmo não forneceu detalhes da situação fática, principalmente da sua ação quando acionou a arma de fogo em direção à vítima, ou seja, o acusado relata que houve um entrevero entre ele e a vítima, mas não explica a forma como atuou, nem as circunstancias da sua ação no momento exato dos disparos, mas tão somente disse que foi isso que aconteceu, conforme trecho transcrito em suas alegações finais", disse o magistrado.

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