Três homens foram presos suspeitos da execução de Mãe Bernardete Pacífico, líder quilombola morta em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador. A informação foi dada na manhã desta segunda-feira (4) durante uma entrevista coletiva comandada pelo secretário da Segurança Pública (SSP), Marcelo Werner. As investigações, porém, ainda prosseguem.
"Dos presos, sabemos que um estava com o celular da vítima. O segundo foi o executor e o outro guardou as armas utilizadas no crime", disse a delegada-geral da Polícia Civil da Bahia, Heloísa Brito.
“A primeira prisão aconteceu no dia 25 de agosto. O segundo, executor, ele confessa a autoria do crime. Na sequência foi preso o suspeito que fazia as guardas das armas”.
As armas apreendidas, segundo Werner, são compatíveis com as utilizadas na execução. "Temos algumas linhas de investigação sobre a motivação. Porém, se a gente antecipar, será prejudicial à investigação. Existem outras medidas em andamento. Temos equipes em busca de outras pessoas para serem ouvidas", reforçou o secretário da Segurança
CRIME
A execução aconteceu no dia 17 de agosto, no quilombo onde a vítima morava com a família.
Mãe Bernadete era uma figura proeminente na luta pelos direitos quilombolas e já havia ocupado o cargo de ex-secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Ela também desempenhava um papel central na comunidade quilombola de Simões Filho, sendo mãe de Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, conhecido como Binho do Quilombo, que também foi assassinado seis anos atrás.
