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Três PMs são denunciados por morte de trabalhador da Embasa em Salvador

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Da redação

São investigados pelo crime os policiais Cláudio Alves dos Prazeres Júnior, Igor Portugal da Fonseca e Rafael Vieira da Silva

Três PMs são denunciados por morte de trabalhador da Embasa em Salvador
Rafael Martins/GOVBA

Três policiais militares foram denunciados à Justiça, pelo Ministério Público da Bahia, pela morte de Welson Figueredo Macedo, ocorrida em 9 de julho deste ano, no bairro de Castelo Branco, em Salvador. A informação foi confirmada pelo próprio MP, na quinta-feira (26). São investigados pelo crime os policiais Cláudio Alves dos Prazeres Júnior, Igor Portugal da Fonseca e Rafael Vieira da Silva, todos da 47ª Companhia Independente (CIPM/Pau da Lima).

O MPBA pediu o afastamento cautelar dos policiais do policiamento ostensivo por 180 dias, além da proibição de acesso ao bairro onde ocorreu o crime e contato com testemunhas e familiares de Welson enquanto durar a instrução processual. O processo tramita no 2º Juízo da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Salvador. A denúncia foi recebida no último dia 19 pela Justiça, que avaliará os pedidos feitos pelo MP no curso da instrução criminal.

Segundo a denúncia, a vítima foi atingida por um tiro de carabina nas costas. Com base em testemunhos e imagens de câmeras de segurança, trazidos no inquérito policial, segundo o MP, a denúncia desconstrói a versão dos denunciados de que Welson estaria armado e teria trocado tiros com a guarnição. Testemunhas afirmam que a vítima não portava arma e as imagens mostram que Welson estava retornando do trabalho no momento em que foi atingido.

A vítima trabalhava como funcionário terceirizado na Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa). Na época em que o caso aconteceu, familiares e colegas de trabalho jamais aceitaram a versão apresentada pela PM.

Os policiais afirmaram que estavam perseguindo três indivíduos que haviam praticado um roubo e, durante a troca de tiros, Welson foi atingido. No entanto, as imagens mostram que ele não tinha ligação com os suspeitos. Os PMs teriam removido a bolsa e a motocicleta da vítima, deslocado a viatura policial para outro local e adicionado arma de fogo na cena do crime para simular um confronto.

Conforme a denúncia, a perícia não encontrou vestígios de pólvora nas mãos de Welson. Os denunciados ainda poderão ser responsabilizados por crime de fraude processual, pela alteração da cena do crime. Por ser considerado um delito militar, a investigação será analisada por uma Promotoria de Controle Externo da Atividade Policial para tomada das medidas cabíveis. 

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