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Vinhos em Harmonia – Como evitar os erros mais comuns na degustação

Data:
Livio Chiazzano

Degustar um bom rótulo pode ser uma experiência sensorial incrível, mas pequenos deslizes podem comprometer o momento

Vinhos em Harmonia – Como evitar os erros mais comuns na degustação
Freepik

Degustar um bom rótulo pode ser uma experiência sensorial incrível, mas pequenos deslizes podem comprometer o momento e impedir que a bebida revele todo o seu potencial. Seja um enófilo iniciante ou um apreciador mais experiente, conhecer os erros mais comuns na degustação pode aprimorar sua relação com os vinhos e tornar a experiência ainda mais prazerosa. A seguir, destacamos algumas falhas recorrentes e como evitá-las.

Servir na temperatura errada

A temperatura é um fator essencial para a degustação. (Inclusive, já publicamos uma coluna sobre este assunto aqui na coluna). Servir um vinho tinto muito quente pode acentuar o álcool e mascarar os aromas, enquanto um branco excessivamente gelado pode esconder sua complexidade. O ideal é seguir as recomendações de temperatura: brancos e espumantes entre 6°C e 12°C, tintos leves entre 14°C e 16°C, e os encorpados entre 16°C e 18°C.

Usar taças inadequadas

Cada tipo de vinho possui características específicas que podem ser realçadas com a taça correta. Os modelos com bojo maior favorecem os tintos encorpados, permitindo uma melhor oxigenação, enquanto as menores preservam os aromas delicados dos brancos e espumantes. Utilizar taças erradas pode impactar diretamente a percepção dos aromas e sabores da bebida.

Segurar a taça pelo bojo

Um erro bastante comum é segurar a taça pelo bojo, aquecendo o vinho com o calor das mãos. O ideal é segurá-la pela haste, evitando variações desnecessárias de temperatura e mantendo a bebida em sua condição ideal de consumo.

Não permitir que o vinho respire

Alguns vinhos, principalmente os tintos mais encorpados, precisam de um tempo para respirar antes de serem degustados. Abrir a garrafa e servir imediatamente pode fazer com que a bebida pareça fechada, sem expressar todo seu potencial aromático. O uso de um decanter ou mesmo alguns minutos na taça ajudam a oxigenar o vinho e liberar seus aromas e sabores.

Exagerar na agitação da taça

Girar a taça é uma prática comum para liberar os aromas, mas fazer isso de maneira exagerada pode ser prejudicial, especialmente para vinhos mais delicados, cujos aromas podem se dissipar rapidamente. O ideal é fazer movimentos sutis e observar como a bebida se comporta.

Beber sem prestar atenção nos aromas

A experiência do vinho vai além do paladar. Antes de levar a taça à boca, é essencial sentir os aromas, identificando notas frutadas, florais, amadeiradas ou especiadas, por exemplo. Esse passo enriquece a degustação e amplia a compreensão sobre a bebida.

Misturar sabores fortes antes da degustação

Consumir alimentos muito condimentados, cafés intensos ou mesmo escovar os dentes antes de degustar um vinho pode alterar a percepção dos sabores. O ideal é evitar essas interferências e, se necessário, beber um pouco de água antes da degustação para limpar o paladar.

A degustação de vinho se torna uma experiência mais autêntica e prazerosa quando buscamos evitar esses erros. Pequenos ajustes na forma de servir e apreciar a bebida podem fazer toda a diferença e permitir que cada garrafa entregue o melhor de sua personalidade. Afinal, o vinho é mais do que uma bebida – é uma jornada sensorial a ser vivida com atenção e respeito às suas particularidades.

Até o nosso próximo encontro.  TIM-TIM!
 

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