Você já se deparou com um vinho rotulado como "colheita tardia" e ficou sem saber exatamente o que isso significa? Parece algo técnico, quase misterioso; mas a verdade é que por trás desse nome poético está um estilo de vinho encantador, doce e cheio de personalidade. Prepare sua taça e venha descobrir o que faz desses vinhos uma verdadeira sobremesa engarrafada.
Como o próprio nome sugere, um vinho de colheita tardia (ou late harvest, em inglês) é produzido com uvas que foram colhidas mais tarde do que o habitual. E por que isso importa? Porque quanto mais tempo a uva fica no pé, mais açúcar natural ela concentra.
Durante esse período extra de maturação, a uva vai perdendo água e ficando mais doce — quase como uma fruta passa. E essa doçura concentrada se transforma em vinhos ricos, aromáticos e que fazem bonito tanto sozinhos quanto acompanhando sobremesas.
Um erro comum é pensar que todo vinho doce é enjoativo. Não cometa esse pecado! (Rs) Os vinhos de colheita tardia equilibram doçura com acidez natural (aquela sensação refrescante no fundo da boca), o que os torna equilibrados, envolventes e deliciosos.
Eles podem ser brancos, rosés ou até tintos, embora os brancos — como os feitos com uvas Riesling, Sémillon ou Gewürztraminer — sejam os mais tradicionais nesse estilo.
Quer brilhar no jantar com um toque de sofisticação? Sirva um vinho de colheita tardia com sobremesas à base de frutas, queijos azuis (como gorgonzola) ou até sozinho, como um “gran finale”.
Ah! Ele também é uma ótima pedida para quem está começando a se aventurar no mundo dos vinhos; por ser mais acessível ao paladar, agrada facilmente e abre portas para novas descobertas.
Mas como identificar um colheita tardia no rótulo? É simples; fique de olho em expressões como: Colheita Tardia (em vinhos brasileiros), Late Harvest (em rótulos internacionais), Vendange Tardive (em vinhos franceses da Alsácia), Spätlese, Auslese, Beerenauslese (em alemães, com gradações diferentes de doçura).
Todos esses indicam que você está diante de um vinho que passou por esse processo especial de maturação.
A próxima vez que você estiver diante da prateleira de vinhos, não hesite em experimentar um colheita tardia. Ele pode ser a chave para descobrir uma nova faceta do seu gosto pessoal — mais doce, mais suave, mas nem por isso menos sofisticada.
Afinal, vinho também é poesia líquida. E os colheita tardia são versos doces que merecem ser saboreados sem pressa.
Até o nosso próximo encontro. TIM-TIM!