O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou, na sexta-feira (29), a devolução do passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), apreendido em fevereiro durante operação da Polícia Federal. Segundo o ministro, a retenção do passaporte permanece "necessária e adequada".
Ele repetiu argumentos usados em decisão de janeiro, quando mandou recolher o passaporte. Na ocasião, Alexandre de Moraes disse que, após o fracasso da tentativa de golpe de Estado, "diversos investigados passaram a sair do país, sob as mais variadas justificativas (férias ou descanso) como no caso do ex-presidente Jair Bolsonaro e do ex-ministro da justiça Anderson Torres".
O passaporte de Bolsonaro foi apreendido na operação Tempus Veritatis. O documento estava guardado em um cofre na sede do PL, partido do ex-presidente, e foi apreendido pela PF (Polícia Federal), por ordem de Moraes.
Desde que o passaporte de Bolsonaro foi apreendido, seus advogados pedem que o documento seja liberado. No último dia 25 de março, houve novo pedido: Bolsonaro foi convidado pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a passar uma semana no país, entre 12 e 18 de maio.