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Aliados pedem que Lula evite falas improvisadas sobre segurança pública

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Da redação

Alerta ganhou força após a fala de Lula na Indonésia, quando afirmou que “traficantes são vítimas de usuários”

Aliados pedem que Lula evite falas improvisadas sobre segurança pública
Agência Brasil

Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) têm orientado que ele evite declarações improvisadas sobre segurança pública, segundo a CNN Brasil. A recomendação busca impedir que falas do petista sejam exploradas pela oposição, especialmente com o tema ganhando peso no debate eleitoral.

O alerta ganhou força após a fala de Lula na Indonésia, quando afirmou que “traficantes são vítimas de usuários”. Apesar de ter recuado e dito que foi mal interpretado, a frase segue sendo usada por adversários políticos para criticá-lo.

Nos bastidores, auxiliares do governo defendem que o presidente não “morda a isca” da direita, que tenta associar a esquerda à leniência com o crime organizado. Desde a megaoperação policial nos complexos da Penha e do Alemão, que deixou 121 mortos, Lula tem se pronunciado apenas pelas redes sociais.

Um dia após a ação, o presidente disse ter reunido ministros e determinado o envio de uma comitiva ao Rio de Janeiro para dialogar com o governador Cláudio Castro (PL). Ele destacou a necessidade de combater o tráfico de forma coordenada, “sem colocar policiais, crianças e famílias inocentes em risco”.

Nesta sexta-feira (31), Lula voltou a se manifestar ao assinar o projeto de lei Antifacção, que prevê penas de até 30 anos para integrantes de facções criminosas e amplia o poder do Estado nas investigações e no bloqueio financeiro dessas organizações.

O presidente afirmou que a proposta se soma à PEC da Segurança Pública, enviada em abril, para fortalecer a cooperação entre União, estados e municípios. “As facções só serão derrotadas com o esforço conjunto de todas as esferas de poder”, escreveu.

Enquanto isso, o governador Cláudio Castro reuniu líderes de seis estados no Palácio da Guanabara e anunciou o “Consórcio da Paz”, aliança de governadores de direita para intensificar o combate ao crime organizado. Durante o encontro, o pré-candidato à Presidência Ronaldo Caiado (União-GO) criticou o governo federal, dizendo que o PT é “complacente e conveniente” com o crime.

Diante da repercussão, o PT e o Palácio do Planalto encomendam pesquisas para medir a percepção popular sobre a megaoperação no Rio e orientar futuras ações de comunicação. Levantamento da AtlasIntel mostra que 87,6% dos moradores de favelas cariocas aprovam a operação, índice que supera 80% também em nível nacional.

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