O governo Lula oficializou, nesta terça-feira (18), a adesão do Brasil à Opep+, o grupo internacional de países produtores de petróleo, que inclui grandes potências como Arábia Saudita, Irã e Rússia, além dos 13 membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
A decisão marca um novo capítulo na estratégia energética do país, com implicações políticas e ambientais de peso.
Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, destacou a importância histórica desse passo, que fortalece o papel do Brasil no cenário global. "Este é um momento histórico para o Brasil e para a indústria energética, abrindo novas possibilidades de diálogo e cooperação no setor", afirmou Silveira. Ele também assegurou que a adesão à Opep+ não entra em contradição com os compromissos ambientais do país, especialmente considerando a realização da COP30, que ocorrerá em novembro.
O ministro, em sua fala, explicou que o grupo não tem como foco a imposição de políticas, mas sim um fórum de debate sobre estratégias de produção de petróleo. "Não devemos nos envergonhar de sermos produtores de petróleo", completou Silveira.
A reunião que formalizou a adesão contou com representantes de diversas áreas do governo, incluindo os Ministérios da Fazenda, Casa Civil, Relações Exteriores, Meio Ambiente, e Desenvolvimento e Indústria.
Com a entrada na Opep+, o Brasil alinha-se a uma das maiores organizações globais do setor energético, ampliando sua influência nas negociações internacionais sobre o mercado de petróleo, ao mesmo tempo em que busca manter seu compromisso com as questões climáticas.