A Justiça da Argentina concedeu, nesta terça-feira (17), prisão domiciliar para a ex-presidente Cristina Kirchner, condenada por corrupção em um caso envolvendo 51 licitações de obras públicas no sul do país. A decisão foi tomada um dia antes da data marcada para que ela se apresentasse às autoridades para o cumprimento da pena.
Kirchner cumprirá a pena em casa, com o uso de tornozeleira eletrônica, e deverá seguir uma série de restrições. Entre elas, não poderá realizar qualquer ação que perturbe a tranquilidade da vizinhança. Além disso, a ex-presidente deverá entregar, em até 48 horas úteis, uma lista com os nomes de familiares, advogados, médicos e policiais que poderão ter acesso à sua residência.
O advogado da peronista, Carlos Beraldi, afirmou que a medida não impede uma eventual visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de quem Cristina é aliada política.
A pena contra Kirchner foi confirmada pela Suprema Corte da Argentina no último dia 10 de junho. Desde então, manifestantes têm realizado vigílias em apoio à ex-presidente em frente à casa dela, em Buenos Aires.
Cristina Kirchner, que também foi vice-presidente da Argentina entre 2019 e 2023, está impedida de ocupar cargos públicos de forma vitalícia. A defesa sustenta que ela foi condenada por um crime do qual não participou e denuncia perseguição política.