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Trump ameaça cortar financiamento de universidades que permitirem protestos nos EUA

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Da redação

Presidente norte-americano classificou protestos como "manifestações ilegais”.

Trump ameaça cortar financiamento de universidades que permitirem protestos nos EUA
Reprodução/Getty

O ex-presidente dos Estados Unidos e pré-candidato republicano, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (4) que, caso retorne à Casa Branca, interromperá todo o financiamento federal para escolas e universidades que permitirem o que chamou de "manifestações ilegais". A declaração foi feita por meio de sua rede social, a Truth Social.

"Os agitadores serão presos e/ou deportados permanentemente para seus países de origem", afirmou Trump, sem especificar quais tipos de protestos seriam alvos da medida. O bilionário também declarou que estudantes americanos envolvidos em manifestações seriam expulsos e, dependendo da gravidade do caso, poderiam ser presos.

A declaração ocorre em meio a um ambiente de tensão nas universidades americanas, especialmente após as manifestações pró-Palestina que tomaram vários campi no último ano. Durante sua campanha, Trump já havia criticado fortemente esses protestos, reforçando sua postura contra movimentos que considera alinhados a ideologias progressistas.

Na segunda-feira (3), o governo dos Estados Unidos anunciou que estuda rescindir contratos no valor de mais de US$ 50 milhões (cerca de R$ 250 milhões) com a Universidade de Columbia, uma das mais prestigiadas do país. O motivo alegado é a suposta incapacidade da instituição de proteger seus estudantes judeus diante das manifestações em seu campus.

A secretária de Educação dos EUA criticou duramente a universidade, afirmando que sua falta de controle sobre os protestos levanta "sérias questões" sobre sua capacidade de continuar a receber financiamento federal. A medida faz parte de um movimento mais amplo de Trump para reformular o sistema educacional americano, reduzindo a influência do governo federal e transferindo mais poder para os estados.

Nos últimos anos, estados conservadores do Sul dos EUA têm restringido conteúdos educacionais sobre temas como racismo e sexualidade. Trump já indicou que, se reeleito, pretende dissolver o Departamento de Educação federal, fortalecendo a autonomia dos governos estaduais nessa área.

O bilionário também voltou a criticar o que chama de influência "woke" na educação. O termo, utilizado de forma pejorativa por conservadores, refere-se a pautas progressistas ligadas a diversidade racial e de gênero. Durante seu mandato, Trump já havia cortado financiamentos para programas escolares voltados a questões de diversidade e inclusão de pessoas transgênero.

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