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Zambelli critica condenação no STF e diz que vai se apresentar caso prisão seja decretada

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Da redação

Deputada federal foi condenada pela invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)

Zambelli critica condenação no STF e diz que vai se apresentar caso prisão seja decretada
Mario Agra/Agência Câmara

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) se manifestou nesta quinta-feira (15) sobre sua condenação pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Em declaração à imprensa, a parlamentar classificou a acusação como “ridícula” e negou qualquer participação na ação.

"Não iria de forma alguma brincar de fazer invasão ao CNJ, brincar de mandar prender o Alexandre de Moraes, ainda mais assinado pelo próprio Alexandre de Moraes. É tão ridículo que realmente, como disse a ministra Cármen Lúcia e o ministro Alexandre de Moraes, seria burrice. Eu não colocaria meu mandato em risco por causa de uma brincadeira sem graça", afirmou.

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Zambelli afirmou que pedirá à Câmara dos Deputados que vote pela suspensão da ação penal, como ocorreu no caso do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ). “O processo ainda não acabou. Este não é um momento triste para mim, mas de esperança e de fé”, declarou.

Ela também disse estar disposta a se entregar caso tenha a prisão decretada, mas ressaltou que sofre de depressão e faz uso contínuo de medicação controlada. “Se acontecer de ter a prisão, vou me apresentar. Mas não me vejo capaz de ser cuidada da maneira como devo ser cuidada. Os médicos são unânimes em afirmar que eu não sobreviveria na cadeia”, disse.

Entenda a condenação

Na última terça-feira (14), o STF condenou, por unanimidade, Zambelli e o hacker Walter Delgatti pelo crime de invasão aos sistemas do CNJ. O relator, ministro Alexandre de Moraes, foi acompanhado pelos ministros Cármen Lúcia, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Luiz Fux.

A pena proposta para a deputada é de 10 anos de prisão em regime fechado, além da perda do mandato parlamentar e da inelegibilidade, conforme os critérios da Lei da Ficha Limpa. Para Delgatti, a pena é de 8 anos e 3 meses de prisão; ele já cumpre prisão preventiva.

De acordo com a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), Zambelli teria ordenado que Delgatti invadisse o sistema do CNJ e inserisse documentos falsos, incluindo um mandado de prisão fraudulento contra o próprio Moraes. A ação teria como objetivo colocar em xeque a legitimidade do Judiciário e estimular manifestações contra instituições democráticas.

A execução da pena e a perda definitiva do mandato dependem da tramitação de eventuais recursos e de uma deliberação da Câmara dos Deputados.

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