A Fundação José Silveira, que tem contrato com a Secretaria da Saúde da Bahia para gerir unidades de saúde, voltou a ser alvo de denúncias de funcionários, que sofrem com salários atrasados todos os meses. A situação, inclusive, já foi denunciada em outubro pelo Portal do Casé.
"Tenho quatro anos na empresa e nunca recebi um salário na data. Já chegaram situações de recebermos no dia 27, virando o mês. FGTS tem anos que não é pago, pagam centavos. O retroativo, que é direito nosso, do piso salarial, ainda não pagaram, só passaram de maio a agosto com descontos absurdos. O retroativo, de setembro e outubro, ainda não foi pago. Já estamos em dezembro", afirmou um terceirizado pela Fundação. Por medo de ser demitido, ele prefere não se identificar.
A Fundação José Silveira gere, por exemplo, funcionários da Maternidade Albert Sabin; do Hospital Geral Prado Valadares; do Hospital Juliano Moreira; do Hospital Geral de Ipiaú; do Instituto de Perinatalogia da Bahia; e do Instituto Couto Maia.
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A falta de previsão para receber preocupa os trabalhadores. "Atrasos de salário são recorrentes. Trabalho lá tem dois anos e não me lembro de um mês que pagaram no quinto dia útil [definido por lei]. O repasse, para pagar as parcelas em atraso, era para ter sido pago dia 20 de novembro. Ainda faltam ser pagos os meses de setembro, outubro e novembro e ainda não foi dada uma nova previsão nem pelo sindicato, nem pelo RH", revelou o trabalhador.
Outra acusação recorrente é o descaso com datas e pagamentos das férias. “Fazemos manifestações e não dá em nada. Tem gente de férias que só recebe com 30 ou 60 dias depois. Não pagam piso salarial, tem boleto chegando, mas o salário não está chegando”, completou outro funcionário da FJS.
O Portal do Casé entrou em contato com a assessoria da Fundação. Por nota, disse que os repasses têm sido efetuados. Em relação ao último mês, a FJS garantiu que o crédito será efetuado no dia 12 de dezembro.
*Sob supervisão do coordenador, Jean Mendes
